Argentina una vez más #3
Tendo em vista que não dei conta de postar a série como pretendia durante a viagem, vou tentar fazê-lo agora - o que pode dificultar em muito o processo.
02.10.08 - Jueves
Bueno, acordamos no horário do café da manhã do hostel, enrolamos na cama e quase o perdemos. Valeu muito ter levantado meio morto do último dia, porque foi o melhor café da manhã que tivemos em solo argentino.
Na saída do nosso quarto havia uma agência de viagens - Say Hueque - que se gabava por ser a agência de viagens do mochileiro independente. Muy bien, conversamos com o camarada Sebástian, que foi extremamente receptivo, como todo mundo por aqui. Conseguimos com ele algo que a internet e a visa nos negaram - comprar as passagens de ônibus até Mar del Plata. Depois desse episódio, saímos pelo centro pra uma sessão de fotos da cidade.
A empolgação tomou conta, e fomos desde a área da Casa Rosada até Porto Madero, o que dá umas 15 quadras. Ah, por lá as indicações são sempre em quadras e esquinas. E se você não souber a esquina, o taxista fica puto. Já em Porto Madero, a idéia era matar tempo até a ida pra Mar del Plata, então resolvemos pegar um cinema. Estava passando Zohan, e tem um Cinemark em Porto Madero.... só que ele ficava na outra ponta. O negócio lá é grande, e a área deve cobrir umas 17 a 20 quadras, tem até uma universidade dentro.
Pontos positivos: tomamos sorvete do Freddo e tiramos boas fotos. Pontos negativos: músculos inferiores se demitindo e ácido lático por dois ou três dias.
Zohans à parte, tomamos um táxi de volta pro hostel e comemos algo. O busão pra Mar del Plata só saía de madrugada, então peruamos errado pelo hostel e áreas anexas por um tempo. O hostel em que ficamos oferece várias atividades pros hóspedes, incluindo futebol, asado (churrasco) e aulas de español; nossos horários eram tão bizarros que não conseguimos aproveitar nenhuma delas.
Retiro
Esse é o nome da rodoviária onde pegamos o autobús até Mardel. Como não podia deixar de ser, o nome da companhia era Almirante Brown, que, depois viemos a saber, foi um marinheiro irlandês que defendeu a Argentina em algum conflito. Os conhecimentos de história do taxista pra quem eu perguntei isso não eram dos melhores. A rodoviária é bem bagunçada, e apesar do movimento a maioria os kioscos estava fechada. Quando saímos do táxi na frente da estação, um tiozinho muito do borracho chegou chegando e foi carregando nossas malas; quase estourou uma delas ao arrastar pelo chão, justo a mala que tinha rodinhas (eu disse que ele era borracho). Quando chegamos na área das plataformas, o tiozinho estende a mão e pede 5 pesos. Damn it, negociei e acabei morrendo em 4 mangos argentinos. Encontramos vários grupos de brasileiros, e todos tinham a mesma dúvida que a gente: em qual plataforma estaria o ônibus. As passagens continham dados ambígüos como "plataforma 48 a 56", e os telões não ajudavam muito. Que mala onda.
A parte boa desse rolo rodoviário foi a pontualidade, já que os horários previstos estavam sempre sendo cumpridos. Um pouco de fila pra aumentar o cansaço, e deixamos as bagagens com o camarada com cara de mexicano de faroeste que as acomodou na mala do ônibus. Passamos então ao processo de subir no ônibus. O motora conferiu nossas passagens, fez cara de quem não gostou e as devolveu; um outro comparsa dele me abordou enquanto guardava os tickets, oferecendo uma bandejinha de lanches. Cansado dessa história de ofertas bizarras, recusei; quando notei que fazia parte da passagem, botei uma debaixo do braço, ao que o meu estômago dizia "eu já sabia". Fail.
O ônibus era bem confortável, cadeiras grandes, bem reclináveis e bastante espaço. Conferi a bandejinha de sanduíches supracitada em poucos minutos, e rebati com uma coca razoavelmente gelada. A viagem seguiu tranqüila por cerca de 5 horas, até a área metropolitana de Mar del Plata - o único local que vi efetivamente, depois de bojar durante o trajeto.
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