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Saturday, January 17, 2009

Motoqueiros me mordam

Uma vez me falaram que existe uma diferença grande entre motoqueiro e motociclista, e isso parece ser verdade.
Sexta passada, depois que os berrantes da boiada soaram, voei em missão solo pra casa de um camarada, onde os comparsas se reuniam. No caminho, passei no Shopping Itaguaçu para comprar uma janta e bebida para a noite. Fiz todos os trâmites rapidamente, o lanche estava quente e a cerveja gelada quando entrei no carro, ticket pago, rumei para a cancela de saída.

Qual não foi minha surpresa quando, ao colocar o ticket na máquina, vi um motoqueiro no meu lado direito, no espaço dos carros; ele aguardou a abertura da cancela e arrancou, seguido de perto por mim. O que aconteceu? O sensor identificou o movimento dele e a cancela baixou antes que eu pudesse sair.

Freei com tudo pra evitar deixar um pedaço do teto ali; cerveja, sanduíche e sacolas rolando pelo chão do carro. Buzinei pro putardo que nem deu bola, e saí do carro bufando pra falar com o guarda da entrada. O cara chegou perto falando:
- "Ah, o sr. perdeu o tempo da cancela...".
- "Perdi o tempo é o caralho, um motoqueiro filho da puta cruzou na minha frente e a cancela baixou, quase pegou no meu carro!"

Ele sacou que eu estava visivelmente alterado e já contatou um outro guarda. Avisou que estava chamando o responsável por aquela cancela. Porra, se o responsável por aquela cancela não era ele, o que ele fazia ali? Absolutamente nada, porque nem abrir a cancela pra mim ele podia. Resultado, tive que manobrar o carro até um 'retorno' localizado na lateral da cancela e aguardar alguma solução na área de carga e descarga logo atrás.

Dezenove minutos depois, o 'responsável' pela cancela aparece, me pergunta se eu tinha pago o cartão e se tinha ainda o comprovante - pergunta essa que eu quase respondi pouco educadamente - e procedeu para a liberação da máquina.

Resumindo: o sanduíche esfriou, a cerveja esquentou e ainda fui zoado pelos comparsas de boiada.

.: Ouvindo: Danger Danger - Grind :.

Wednesday, June 04, 2008

A inacreditável história do putardo babaca

Tenho deixado muita história boa sem o devido eco, muitas delas dentro do perfil deste blog. Quando resolvi criar o espaço, um camarada já iniciado comentou: "É, agora tem que assumir e atualizar com freqüencia...". Gosto de pensar que ele falou com a 'consciência tranqüila' de que é muito difícil manter posts sempre frescos no ar.

Uma dessas histórias ocorreu há uns bons 3 meses, em um almoço qualquer no shopping trindade.
Catei um rango bacana no joint onde tradicionalmente almoço, e procurei por um lugar vago; a praça de alimentação bastante cheia, e a probabilidade de sentar-se confortavelmente diminuía a cada segundo. Foi quando encontrei um grupo de camaradas sentados quase no meio da massa indistinta. Corri para o local, tomando o devido cuidado com os preciosos artigos da bandeja.

Lá chegando, escolhi o lado com vagas pra sentar; a ponta da mesa estava ocupada por um senhor em plena atividade alimentícia, além de seus pertences não tão bem alimentados. Depois de cumprimentar os comparsas, dirigi-me ao distinto cidadão, questionando a possibilidade de utilizar a cadeira logo ao seu lado (visivelmente a melhor escolha, frente à necessidade de conversa com os convivas). O filho de uma puta olha bem na minha cara e responde: "Não, não pode; minha bolsa está sentada aí". E volta a comer.

Os leitores desse blog sabem que sou até razoavelmente calmo, mas disparates desse tipo costumam me tirar do sério. Uma míriade de possibilidades passou pela minha cabeça:

  • exigir meus direitos e apontar a placa de "objetos não guardam lugar", afixada em uma pilastra próxima;
  • chutar as merdas que o cara estava levando e sentar sem maiores cerimônias;
  • jogar a minha comida na cabeça do putardo (visivelmente a pior escolha);
  • jogar a comida dele na cabeça dele;
  • jogar a comida dele dentro da mochila tão preciosa (votada como a melhor saída, catalogada como Pendência forte com possíveis dividendos pela Teoria Geral do Gafanhoto [2005]);
  • utilizar o set de armas brancas que me foi cedido pelo joint e proceder com uma secção da jugular do sujeito, com direito a esguicho de cinema (nº 2 no ranking de melhor saída);
Apesar de convidativas, não executei nenhuma das ações acima. Engoli em seco e sentei-me numa cadeira próxima, mas que exigia malabarismos vocais pra que a conversa com os comparsas fluísse. Todos se entreolharam com aquele ar de "mas que palhaço" e eu aproveitei a deixa pra xingar mentalmente e de forma sistemática todos os entes vivos aparentados com aquele putardo pederasta.

Daria um rolo descomunal e um bate-boca inflamado, mas ficaria satisfeito e com overdose de endorfinas se tivesse jogado a comida podre do babaca nele e na mochila. E quebrado seus óculos. Talvez seus joelhos também, só pra ele aprender a deixar de ser idiota.

.: Ouvindo: The Haunted - Bury your Dead :.