A inacreditável história do putardo babaca
Tenho deixado muita história boa sem o devido eco, muitas delas dentro do perfil deste blog. Quando resolvi criar o espaço, um camarada já iniciado comentou: "É, agora tem que assumir e atualizar com freqüencia...". Gosto de pensar que ele falou com a 'consciência tranqüila' de que é muito difícil manter posts sempre frescos no ar.
Uma dessas histórias ocorreu há uns bons 3 meses, em um almoço qualquer no shopping trindade.
Catei um rango bacana no joint onde tradicionalmente almoço, e procurei por um lugar vago; a praça de alimentação bastante cheia, e a probabilidade de sentar-se confortavelmente diminuía a cada segundo. Foi quando encontrei um grupo de camaradas sentados quase no meio da massa indistinta. Corri para o local, tomando o devido cuidado com os preciosos artigos da bandeja.
Lá chegando, escolhi o lado com vagas pra sentar; a ponta da mesa estava ocupada por um senhor em plena atividade alimentícia, além de seus pertences não tão bem alimentados. Depois de cumprimentar os comparsas, dirigi-me ao distinto cidadão, questionando a possibilidade de utilizar a cadeira logo ao seu lado (visivelmente a melhor escolha, frente à necessidade de conversa com os convivas). O filho de uma puta olha bem na minha cara e responde: "Não, não pode; minha bolsa está sentada aí". E volta a comer.
Os leitores desse blog sabem que sou até razoavelmente calmo, mas disparates desse tipo costumam me tirar do sério. Uma míriade de possibilidades passou pela minha cabeça:
- exigir meus direitos e apontar a placa de "objetos não guardam lugar", afixada em uma pilastra próxima;
- chutar as merdas que o cara estava levando e sentar sem maiores cerimônias;
- jogar a minha comida na cabeça do putardo (visivelmente a pior escolha);
- jogar a comida dele na cabeça dele;
- jogar a comida dele dentro da mochila tão preciosa (votada como a melhor saída, catalogada como Pendência forte com possíveis dividendos pela Teoria Geral do Gafanhoto [2005]);
- utilizar o set de armas brancas que me foi cedido pelo joint e proceder com uma secção da jugular do sujeito, com direito a esguicho de cinema (nº 2 no ranking de melhor saída);
Daria um rolo descomunal e um bate-boca inflamado, mas ficaria satisfeito e com overdose de endorfinas se tivesse jogado a comida podre do babaca nele e na mochila. E quebrado seus óculos. Talvez seus joelhos também, só pra ele aprender a deixar de ser idiota.
.: Ouvindo: The Haunted - Bury your Dead :.
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