Desconcertante
Durante esse final de semana pude assistir ao filme Laurel Canyon, que estava rolando na TV à cabo. Já tava indo dormir mas achei a chamada interessante e acompanhei.
Antes de comentar sobre o filme, me lembrei de outra coisa que permeia o mesmo assunto: as traduções.
O nome do filme faz referência ao local que o casal protagonista escolhe para morar e onde se desenrola a trama. Em português, traduziram como 'Rua das Tentações' ou algo que o valha - e não é dos piores. Já vi um filme na locadora uma vez (que tive medo de alugar), onde o título em português era grande, uma frase de 6 ou 7 palavras envolvendo guerra e o orginal era simplesmente "The Tree". Realmente curioso.
Anyways, o tal Laurel Canyon é um filme desconcertante e bizarro, mas com um final decepcionante. Isso irrita. O casal protagonista é composto por Christian Bale (o último Batman) e Kate Beckinsale (Underworld, aquela bomba em que só a primeira cena presta). Eles têm um estilo de vida altamente certinho, aquela coisa "we're a happy perfect couple", ele é médico e ela faz pós em genética, ele joga golfe e ela curte ballet e nenhum dos dois têm cáries.
Muito bem, as coisas mudam de figura quando eles precisam se mudar pra casa da mãe do cara (Frances McDormand, Fargo) que é uma produtora de bandas alucinada que vive em 'high life'. O filme fica quente quando o casal aporta na casa dela - que estaria vazia - e descobre ela e a banda da vez gettin' stoned com um narguilé e falando muita merda. A mina fica louca da vida e o cara teme as pendências das atitudes da mãe...
The Plot thickens quando ele vai pra residência (ou o curso de ele ia fazer lá) e conhece a maravilhosa (rufem os tambores) Natascha McElhone (Ronin) que vira a cabeça dele. Convenhamos, não é nada difícil.
O bicho começa a pegar quando os dois começam a ir a festas um sem o outro. A mina fica muito louca e acaba dando uma volta no balão do líder da banda e quase fazendo um frink-froink Angelina Jolie com a própria sogra! O cara não deixa barato e, sem usar as bat-quinquilharias, consegue seduzir a Natascha e quase vai às vias de fato. Esse 'quase' começa a irritar, mas o ápice estava por vir. Na tal festa onde a mina faz um quase frink-froink Angelina Jolie com a sogra e com o cara da banda, eles são surpreendidos pelo batman, que caga todo mundo a pau num fury rampage espetacular, acabando com a palhaçada toda. (cara, essa foi uma das frases mais memoráveis que já escrevi!!!).
No final das contas, o casal se confronta, joga aquele lixo padrão, rolam as lágrimas e tudo acaba bem com o clássico "eu fiz por tudo mas eu te amo"... bolas, se a mina virasse uma hipponga junkie, se o cara mandasse ela à merda terminando o serviço com a Natascha e se a mãe dele tivesse uma overdose de valium, tudo seria mais divertido. Damn, eu deveria virar diretor.
.: Ouvindo: Soilwork - Nerve :.